sábado, 23 de abril de 2011

Geografia Bíblica

Uma introdução à Geografia do Mundo Bíblico

Prof.ª Dr.ª Andréia Cristina Lopes Frazão da Silva

O que é Geografia?

A Geografia (do grego geo=terra; grafia= descrição, tratado, estudo) é a Ciência que estuda a Terra na sua forma. Ou seja, estuda os acidentes físicos; o clima; as populações, as divisões políticas etc. Neste sentido, a Geografia subdivide-se em diversas outras disciplinas: a Geografia Humana, a Geografia Econômica, a Geografia Física, a Geografia Política e a Geografia Histórica, dentre outras.

A Geografia Humana preocupa-se em estudar os agrupamentos humanos em suas relações com a Terra: como repartem o espaço; como se adaptam às condições naturais, como se organizam para explorar os recursos provenientes da natureza etc.

A Geografia Econômica está atenta ao estudo dos recursos econômicos - de origem vegetal, animal e mineral - presentes nas diversas regiões da terra e suas formas de exploração.

A Geografia Física estuda os traços físicos das diversas regiões da terra, o que inclui o estudo do relevo, do clima, da vegetação, da fauna e da flora.

A Geografia Política estuda a influência da geografia na política, a relação entre o poder de um país e sua geografia física e humana, bem como o estudo do reparto político da terra.

A Geografia História procura reconstruir os aspectos humanos, econômicos, físicos e políticos de uma dada região do passado. É neste campo que se insere a Geografia do Mundo Bíblico ou Bíblica, que se dedica a estudar as diversas regiões que serviram de palco para os acontecimentos narrados nos livros da Bíblia.

A Geografia do Mundo Bíblico

Segundo Netta Kemp de Money: "A Geografia Bíblica ocupa-se do estudo sistemático do cenário da revelação divina e da influência que teve o meio ambiente na vida de seus habitantes".

A Geografia Bíblica, portanto, é uma disciplina muito importante, pois auxilia a todos que querem conhecer melhor a História Sagrada e o texto bíblico através de esclarecimentos quanto aos grupos humanos, as características físicas, os recursos econômicos e as transformações políticas das diversas regiões citadas na Bíblia. Além disso, ela nos permite localizar e situar os relatos bíblicos no espaço em que estes ocorreram, auxiliando-nos na reconstrução dos eventos.

Assim, por exemplo, conhecendo a Geografia Bíblica, podemos compreender melhor os séculos de conquista de Canaã pelos israelitas, já que seremos capazes de identificar as características culturais e localização dos diversos povos que habitavam as diferentes regiões da Palestina no momento da chegada dos hebreus; apontar os variados acidentes físicos que dificultavam os deslocamentos; localizar, no mapa, os locais de batalhas etc.

O Mundo Bíblico:

A região que denominamos Mundo Bíblico situa-se, hoje, nas regiões conhecidas como Oriente Médio e mediterrânicas (Ver mapa do Mundo Bíblico). Podemos apontar como áreas limites do Mundo Bíblico a Península Ibérica, à ocidente, e o atual Iraque, à oriente. Os países que são encontrados hoje nestas regiões são a Portugal, Espanha, França, Itália, Grécia, os diversos países balcânicos, Turquia, Egito, Israel, Jordânia, Líbano, Síria, Iraque, Irã, Arábia Saudita e vários emirados árabes (use o mapa Mundo para localizar estas regiões e, ao mesmo tempo, verificar a distância entre estes países e o Brasil).

Principais áreas do Mundo Bíblico:

Mesopotâmia (Meso= entre; potamos=rio) - região marcada pela presença de dois grandes rios que fertilizavam a região, tornando-a propícia para a agricultura: Tigre e Eufrates. Nesta área, no decorrer da História, surgiram grandes e poderosos impérios: o Sumério, o Acádio, o Babilônico e o Persa.

Península Arábica - extensa península formada por poucas áreas férteis e muitos desertos. Ali se desenvolveu um importante reino, o de Sabá.

Egito- Situa-se no Nordeste do continente Africano. Como a mesopotâmia, tem sua fertilidade garantida pela presença do rio Nilo, que atravessa toda a região. Nesta região se organizou um grande Império, o Egípcio.

Canaã- região estratégica por seu caráter de passagem entre as diversas regiões do Mundo Bíblico. Reunia a Síria e a Palestina. Nesta área se estabeleceram diversos povos, como os filisteus, os fenícios, e os próprios hebreus.

Europa- Cenário de importantes Impérios, como o Macedônico, também conhecido como Império de Alexandre, que reuniu a Grécia, a Macedônia e o Oriente Médio, e o Romano, que a partir da cidade de Roma, situada na atual Itália, unificou as regiões mediterrânicas da Europa Ocidental e Oriental, o Norte da África e o Oriente Médio. Possui uma grande diversidade geográfica e cultural. A Europa faz-se presente na Bíblia, de forma efetiva, nos livros do Novo Testamento.

Traços físicos e elementos de paisagem:

Como podemos concluir pelo apresentado acima, era extensa a área que denominamos de Mundo Bíblico e, por isso, são muitas e variadas as características climáticas, a hidrografia, o relevo, a economia, a fauna e flora destas áreas. A seguir, utilizando o texto bíblico, vamos listar algumas destas características. Leia o texto bíblico e destaque que traços físicos ou elementos de paisagem são mencionados e, se possível, a que região ou localidade se refere:

Êxodo 25:10

Deuteronômio 32:13-14

Jó 39: 1, 5, 9, 13, 18, 20, 26, 27

Juízes 6:11

Mateus 21:18-19

Números 11: 5

Números 31:21

Ezequiel 22:18-20

Josué 3:16

Atos 27:27

II Crônicas. 3:1

Mateus 3:1

Conclusão:

O ser humano, no decorrer do tempo, para alimentar-se, vestir-se, divertir-se, enriquecer e dominar outros, está, constantemente, em contato com a natureza e com outros povos, transformando-os e interagindo com eles. Assim ocorreu com o povo de Israel e seus vizinhos e com os primeiros cristãos. Na sua vida diária, estes indivíduos agiram em e sobre um dado espaço, e esta relação constante com a geografia, no seu sentido lato, foi um elemento importante no desenrolar da história Sagrada.

Ao estudarmos a Bíblia devemos, portanto, se possível, procurar ter sempre à mão mapas e livros que nos apresentem informações sobre a geografia humana, econômica, física e política do Mundo Bíblico.


Disponível em:

http://www.ifcs.ufrj.br/~frazao/geografia.htm

Pesos e Medidas

Alguns pesos e medidas que aparecem na Bíblia são muito estranhos para nós. Abaixo, uma lista com alguns deles:

- Estádio: 185 metros
- Caminho de um sábado: 1,11 quilômetros
- Talento: 34 quilos
- Siclo: 11,5 gramas
- Côvado: 50 centímetros (varia muito)
- Ômer: 220 litros
- Efa: 22 litros


http://curiosidadesbiblicas.com.br/curiosidades/categoria/curiosidades/sobre-numeros/

Ilustração Poética

Na Bíblia, muitas vezes animais são usados para ilustrar determinadas qualidades ou defeitos que podem ser aplicadas ao homem. Veja alguns:

- Salmo 84.3: o pardal e a andorinha encontram seus ninhos como o adorador encontra a Deus.
- Salmo 58.4: os ímpios tem a peçonha da serpente.
- Provérbios 6.6: o preguiçoso deve aprender com a formiga a ser trabalhador.
- Cânticos 4.1: compara-se o cabelo da amada a rebanhos de cabras descendo os montes.
- Habacuque 3.19: o justo tem pés como os da corça para poder atravessar montanhas íngremes.
- Lucas 13.32: Jesus chama Herodes de raposa.
- Isaías 31.4: o leão é sempre símbolo de força.
- Mateus 23.37: Jesus usa a galinha como símbolo de cuidado com os seus.


http://curiosidadesbiblicas.com.br/curiosidades/categoria/curiosidades/sobre-animais/


As línguas originais da Bíblia!

O Antigo Testamento foi originalmente escrito em hebraico, com algumas passagens em aramaico (em Daniel, Esdras e Jeremias). Já o Novo Testamento foi inteiramente escrito em grego. As primeiras traduções da Bíblia foram as seguintes:
- a tradução do Antigo Testamento para o grego, na famosa “Septuaginta”, foi feita em 285 aC, na cidade de Alexandria;
- a tradução do Novo Testamento e do livro dos Salmos para o latim foi feita em 382 dC por Jerônimo; mais tarde traduziu também o Antigo Testamento.

http://curiosidadesbiblicas.com.br/curiosidades/categoria/curiosidades/

Qual é o livro bíblico mais traduzido?

A Bíblia foi traduzida e publicada mais do que qualquer outro livro na história. O livro da Bíblia mais traduzido é o Evangelho de Marcos, talvez por ser o mais curto dos quatro Evangelhos e por trazer um relato cheio de ação a respeito da vida e dos ensinamentos de Jesus. Marcos está disponível em cerca de 900 línguas.

Disponível em: http://www.sbb.org.br/interna.asp?areaID=253. Acesso em 01 de setembro de 2008.

Adaptado por Jailson da Silva Alves (jsa.heavy@hotmail.com).

Em que ano nasceu Jesus?

Jesus nasceu em Belém da Judéia uns dois anos antes da morte de Herodes, o Grande, o que aconteceu em 4 a.C. Quando o calendário romano foi reformado, séculos mais tarde, houve um erro de uns seis anos no cálculo do começo da era cristã. É por isso que, em vez do ano 1 da era cristã, a data correta do nascimento de Jesus é 6 a.C.


Disponível em: http://www.sbb.org.br/interna.asp?areaID=253. Acesso em 01 de setembro de 2008.

Adaptado por Jailson da Silva Alves (jsa.heavy@hotmail.com).

Quais os documentos mais antigos que trazem trechos bíblicos?

O documento mais antigo que traz um trecho da Bíblia é um fragmento dos Rolos do mar Morto, encontrado próximo da costa do mar Morto em Israel. Escrita em torno de 225 a.C., a passagem é de um dos livros de Samuel que faz parte do Antigo Testamento. O texto mais antigo do Novo Testamento existente é um pedaço do Evangelho de João. Escrito em torno de 125 d.C., talvez apenas 30 anos depois da composição do Evangelho, o fragmento contém partes de João 18.31-33, incluindo a pergunta de Pilatos a Jesus: “Você é o rei dos judeus?”.

Disponível em: http://www.sbb.org.br/interna.asp?areaID=253. Acesso em 01 de setembro de 2008.

Adaptado por Jailson da Silva Alves (jsa.heavy@hotmail.com).

Qual era a fruta que Adão e Eva comeram?

A Bíblia não menciona qual era a fruta da árvore do conhecimento do bem e do mal, que não devia ser comida por Adão e Eva. Uma tradição européia associa essa fruta com a maçã. Em latim, a palavra malum significa tanto “maçã” como “mal”, o que pode ter originado essa tradição. Há algum livro da Bíblia em que a palavra “Deus” não aparece? A palavra “Deus” aparece em todos os livros da Bíblia, exceto em Ester e Cântico dos Cânticos. Esse fato levou muitos judeus e cristãos a argumentarem que Ester e Cântico dos Cânticos não faziam parte da Bíblia. Outros argumentaram que Deus está presente também nesses livros. Eles viram o Cântico dos Cânticos como um símbolo poético do amor de Deus pelo seu povo. E, em Ester, eles viram Deus agindo nos bastidores, criando uma série de impressionantes “coincidências” que livraram os judeus de um holocausto na Pérsia.

Disponível em: http://www.sbb.org.br/interna.asp?areaID=253. Acesso em 01 de setembro de 2008.

Adaptado por Jailson da Silva Alves (jsa.heavy@hotmail.com).

A palavra “Bíblia” aparece na Bíblia?

Bíblia” é uma palavra que não aparece na Bíblia. Ela vem do termo grego biblos, por causa da cidade fenícia de Biblos, um importante centro produtor de rolos de papiro usados para fazer livros. Com o tempo, a palavra biblos passou a significar “livro”. Bíblia é a forma plural (“livros”). A Bíblia, na verdade, é uma coleção de livros. Ela também é conhecida simplesmente como “o Livro”, “o Livro dos Livros”, “o Livro Sagrado”.


Disponível em: http://www.sbb.org.br/interna.asp?areaID=253. Acesso em 01 de setembro de 2008.

Adaptado por Jailson da Silva Alves (jsa.heavy@hotmail.com).

Capítulos e versículos!

Quantos livros, capítulos e versículos há na Bíblia?

Os seguintes números são baseados na Nova Tradução na Linguagem de Hoje:

Antigo Testamento

Novo Testamento

Total

Livros

39

27

66

Capítulos

929

260

1.189

Versículos

23.146

7.957

31.103


Qual o maior capítulo da Bíblia?

Comparando com outras traduções, esses números podem ser um pouco diferentes. A Almeida Revista e Atualizada, por exemplo, tem 31.104 versículos (o final de 1Samuel 20.42 se torna o versículo 43) e a Almeida Revista e Corrigida tem 31.105 versículos (além de 1Samuel 20, o final de Juízes 5.31 se torna o versículo 32). A versão King James, por sua vez, tem 31.102 versículos, pois ajunta os versículos 14 e 15 de 3João. Os textos originais em hebraico e grego, por sua vez, trazem um total de 31.171 versículos (21.213 no Antigo Testamento e 7.958 no Novo Testamento). A maior diferença está no Livro de Salmos: vários deles trazem títulos que aparecem como o versículo 1 no texto hebraico e que, nas traduções, não são numerados.

O maior capítulo da Bíblia é o Salmo 119, com 176 versículos.

Qual o menor capítulo da Bíblia?

O menor capítulo da Bíblia é o Salmo 117, com 2 versículos apenas.

Qual é o menor versículo da Bíblia?

Isso varia conforme a versão. Conforme a Almeida Revista e Corrigida, é Êx 20.13: “Não matarás”. Na Revista e Atualizada, porém, Jó 3.2 tem apenas 7 letras: “Disse Jó:”. Qual é o maior versículo da Bíblia?O maior é Ester 8.9.

Quando a Bíblia foi dividida em capítulos e por quem?

A Bíblia Sagrada foi dividida em capítulos no século XIII (entre 1234 e 1242), pelo teólogo Stephen Langhton, então Bispo de Canterbury, na Inglaterra, e professor da Universidade de Paris, na França.

Quando a Bíblia foi dividida em versículos e por quem?

A divisão do Antigo Testamento em versículos foi estabelecida por estudiosos judeus das Escrituras Sagradas, chamados de massoretas. Com hábitos monásticos e ascéticos, os massoretas dedicavam suas vidas à recitação e cópia das Escrituras, bem como à formulação da gramática hebraica e técnicas didáticas de ensino do texto bíblico. Foram eles que, entre os séculos IX e X, primeiro dividiram o texto hebraico (do Antigo Testamento) em versículos. Influenciado pelo trabalho dos massoretas no Antigo Testamento, um impressor francês chamado Robert d´Etiénne, dividiu o Novo Testamento em versículos no ano de 1551. D´Etiénne morava então em Gênova, na Itália.

Qual(is) a(s) primeira(s) Bíblia(s) completa(s) publicada(s) com a divisão de capítulos e versículos?

Até boa parte do século XVI, as Bíblias eram publicadas somente com os capítulos. Foi assim, por exemplo, com a Bíblia que Lutero traduziu para o Alemão, por volta de 1530. A primeira Bíblia a ser publicada incluindo integralmente a divisão de capítulos e versículos foi a Bíblia de Genebra, lançada em 1560, na Suíça. Os primeiros editores da Bíblia de Genebra optaram pelos capítulos e versículos vendo nisto grande utilidade para a memorização, localização e comparação de passagens bíblicas. Em Português, já a primeira edição do Novo Testamento de João Ferreira de Almeida (1681) foi publicada com a divisão de capítulos e versículos.“


Disponível em: http://www.sbb.org.br/interna.asp?areaID=253. Acesso em 01 de setembro de 2008.

Adaptado por Jailson da Silva Alves (jsa.heavy@hotmail.com).


Pastores Presidentes da AD/PB


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100 anos das Assembléias de Deus no Brasil!


Daniel Berg (D) e Gunnar Vingren (E) - Missionários precursores do Evangelho no Brasil


Daniel Berg


A Assembleia de Deus chegou ao Brasil por intermédio dos missionários suecos Daniel Berg (D) e Gunnar Vingren (E), que aportaram em Belém, capital do Estado do Pará, em 19 de novembro de 1910, vindos dos Estados Unidos. A princípio, frequentaram a Igreja Batista, denominação a que ambos pertenciam nos Estados Unidos. Eles traziam a doutrina do batismo no Espírito Santo, com a glossolalia — o falar em línguas espirituais (estranhas) — como a evidência inicial da manifestação para os adeptos do movimento. A manifestação do fenômeno já vinha ocorrendo em várias reuniões de oração nos Estados Unidos (e também de forma isolada em outros países), principalmente naquelas que eram conduzidas por Charles Fox Parham, mas teve seu apogeu inicial através de um de seus principais discípulos, um pastor leigo negro, chamado William Joseph Seymour, na rua Azusa, Los Angeles, em 1906.


A nova doutrina trouxe muita divergência. Enquanto um grupo aderiu, outro rejeitou. Assim, em duas assembleias distintas, conforme relatam as atas das sessões, os adeptos do pentecostalismo foram desligados e, em 18 de junho de 1911, juntamente com os missionários estrangeiros, fundaram uma nova igreja e adotaram o nome de Missão de Fé Apostólica, que já era empregado pelo movimento de Los Angeles, mas sem qualquer vínculo administrativo com William Joseph Seymour. A partir de então, passaram a reunir-se na casa de Celina de Albuquerque. Mais tarde, em 18 de janeiro de 1918 a nova igreja, por sugestão de Gunnar Vingren, passou a chamar-se Assembleia de Deus, em virtude da fundação das Assembleias de Deus nos Estados Unidos, em 1914, em Hot Springs, Arkansas, mas, outra vez, sem qualquer ligaçãoinstitucional entre ambas as igrejas.


A Assembleia de Deus no Brasil expandiu-se pelo estado do Pará, alcançaram o Amazonas, propagou-se para o Nordeste, principalmente entre as camadas mais pobres da população. Chegaram ao Sudeste pelos idos de 1922, através de famílias de retirantes do Pará, que se portavam como instrumentos voluntários para estabelecer a nova denominação aonde quer que chegassem. Nesse ano, a igreja teve início no Rio de Janeiro, no bairro de São Cristóvão, e ganhou impulso com a transferência de Gunnar Vingren, de Belém, em 1924, para a então capital da República. Um fato que marcou a igreja naquele período foi a conversão de Paulo Leivas Macalão, filho de um general, através de um folheto evangelístico. Foi ele o precursor do assim conhecido Ministério de Madureira, como veremos adiante.


A influência sueca teve forte peso na formação assembleiana brasileira, em razão da nacionalidade de seus fundadores, e graças à igreja pentecostal escandinava, principalmente a Igreja Filadélfia de Estocolmo, que, além de ter assumido nos anos seguintes o sustento de Gunnar Vingren e Daniel Berg, enviou outros missionários para dar suporte aos novos membros em seu papel de fazer crescer a nova Igreja. Desde 1930, quando se realizou um concílio da igreja na cidade de Natal, a Assembleia de Deus no Brasil passou a ter autonomia interna, sendo administradas exclusivamente pelos pastores residentes no Brasil, sem contudo perder os vínculos fraternais com a igreja na Suécia. A partir de 1936 a igreja passou a ter maior colaboração das Assembleias de Deus dos Estados Unidos através dos missionários enviados ao país, os quais se envolveram de forma mais direta com a estruturaçãoteológica da denominação.

Organização denominacional


As Assembleias de Deus brasileiras estão organizadas em forma de árvore, na qual cada Ministério é constituído pela igreja-sede com suas respectivas filiadas, congregações e pontos de pregação (subcongregações). O sistema de administração é um misto entre o sistema episcopal e o sistema congregacional, por meio do qual os assuntos são previamente tratados pelo ministério, com forte influência da liderança pastoral, e depois são levados às assembleias para serem referendados apenas. Os pastores das Assembleias de Deus podem estar ligados ou não às convenções estaduais, e estas se vinculam a uma convenção de âmbito nacional. Particularmente na América do Sul, hoje existem muitas Assembleias de Deus autônomas e independentes.
Convenção Geral das Assembleias de Deus no Brasil


A Convenção Geral das Assembleias de Deus no Brasil (CGADB) possui sede no Rio de Janeiro, esta se considera o tronco da denominação por ser a entidade que desde o princípio deu corpo organizacional à igreja. A CGADB hoje conta com cerca de 3,5 milhões de membros em todo o Brasil (dados do Iser) e centenas de missionários espalhados pelo mundo.


A CGADB é proprietária da Casa Publicadora das Assembleias de Deus (CPAD), com sede no Rio de Janeiro, que atende parcela significativa da comunidade evangélica brasileira. À CGADB também pertence a Faculdade Evangélica de Tecnologia, Ciências e Biotecnologia (Faecad), sediada no mesmo Estado, e que oferece os seguintes curso em nível superior: Administração, Comércio Exterior, Marketing, Teologia e Direito.


A CGADB é constituída por várias convenções estaduais e regionais, além de vários ministérios. Alguns ministérios cresceram de tal forma que tornaram-se denominações de facto, com suas congregações sobrepondo as áreas de abrangência das convenções regionais. Dentre os grandes ministérios se destaca o Ministério do Belém, que possui cerca de 2.200 igrejas concentradas no centro-sul e com sede no bairro do Belém na capital paulista, sendo atualmente (2008) presidida pelo pastor José Wellington Bezerra da Costa, que sucedeu o pastor Cícero Canuto de Lima, que também preside a CGADB.


Na área política, alguns deputados federais são membros das Assembleias de Deus e a representam institucionalmente junto aos poderes públicos nos assuntos de interesse da denominação, supervisionados pelo Conselho Político Nacional das Assembleias de Deus no Brasil, com sede em Brasília, DF, que coordena todo o processo político da CGADB. Além disso, há também deputados estaduais e até prefeitos e vereadores, todos sob a chancela de igrejas ligadas à CGADB.


Desde a década de 1980, por razões administrativas, notadamente em virtude do falecimento do pastor Paulo Leivas Macalão e de sua esposa, missionária Zélia, a Assembleia de Deus brasileira tem passado por várias cisões que deram origem a diversas convenções e ministérios, com administração autônoma, em várias regiões do País. O mais expressivo dos ministérios independentes é o Ministério de Madureira, cuja igreja já existia desde os idos de 1930, fundada pelo já mencionado pastor Paulo Leivas Macalão e que, em 1958, serviu de base para a estruturação nacional do Ministério por ele presidido, até a sua morte, no final de 1982.


Convenção Nacional das Assembleias de Deus no Brasil - Ministério de Madureira


À medida que os anos se passavam, os pastores do Ministério de Madureira (assim conhecido por ter sua sede no bairro de mesmo nome, na cidade do Rio de Janeiro), sob a presidência vitalícia do pastor (hoje bispo) Manuel Ferreira, se distanciavam das normas administrativas da CGADB, segundo a liderança da época, que, por isso mesmo, realizou uma assembleia geral extraordinária em Salvador, Bahia, em setembro de 1989, onde esses pastores foram suspensos até que aceitassem as decisões aprovadas. Por não concordarem com as exigências que lhes eram feitas foram excluídos pela Diretoria da CGADB. Desta forma tornou-se completamente independente da CGADB a Convenção Nacional das Assembleias de Deus no Brasil — Ministério de Madureira (Conamad), que tem no campo do Brás, na capital paulista, a sua maior expressividade, que, por anos, foi presidido pelo pastor Lupércio Vergniano e hoje está sob as ordens do Pr.Samuel Cássio Ferreira, bacharel em Direito. Possuia em 2005 cerca de 2 milhões de membros no Brasil e exterior. O Ministério Madureira, também tem uma filial de destaque na cidade de Goiânia chamada Assembleia de Deus Campo de Campinas, presidida pelo Pr. Dr. Oídes José do Carmo.


Gunnar Vingren

Nasceu no dia 8 de agosto de 1897, na cidade de Ostra Husby, Suécia. Seu pai era jardineiro, profissão que Vingren seguiu até os 19 anos. Foi criado num genuíno lar cristão. Logo aos 18 anos tornou-se sucessor de seu pai na Escola Dominical; naquele mesmo ano, o Senhor falou claro ao seu coração de que ele seria um missionário.



Seu Preparo


Em 1898, Vingren teve oportunidade de participar de uma Escola Bíblica; ao final daquele mês de estudos, começou já o trabalho missionário no interior de seu país. Em 1903, viajou para os Estados Unidos, e logo ingressou num Seminário Teológico Batista em Chicago. Em 1909, Deus o encheu de uma grande sede de buscar o batismo no Espírito Santo o que não tardou a receber. Ao pregar esta verdade à igreja que pastoreava, começaram os problemas; a igreja se dividiu entre os que criam e os que não criam em sua pregação. Dirigiu-se, então, para South Bend, Indiana, onde a igreja recebeu com gozo as Boas Novas e se tornou uma igreja pentecostal com 20 batizados no Espírito Santo no primeiro verão.

Sua Chamada Para o Brasil


Numa reunião de oração, um dos irmãos presentes foi revelado que Gunnar Vingren serviria ao Senhor no Pará, que mais tarde ele descobriu que era um estado no norte do Brasil. Numa outra reunião como aquela, seu futuro companheiro, Daniel Berg, que conhecera numa conferência em Chicago, foi chamado para acompanhá-lo ao Brasil. Depois disto, não demorou muito para que a ida ao campo se tornasse uma realidade. Seus últimos dias na América foram de provas, atestando de que Deus é quem os chamava para a obra. Finalmente, partiram do porto de Nova Iorque com destino a Belém do Pará no dia 5 de novembro de 1910.

Adaptação ao Campo

No dia 19 de novembro desembarcaram em terras brasileiras. Com certa dificuldade, sobretudo porque não falavam a língua nativa, chegaram até a casa de um pastor batista que lhes ofereceu hospedagem, um corredor escuro no porão da casa e sem janelas. Para aprenderem o português, Daniel trabalhava numa fundição durante o dia, enquanto Gunnar estudava, e à noite, então, ele compartilhava o que tinha aprendido. Apesarda pobreza, da simplicidade da alimentação, das doenças, calor e mosquitos, a chama do Evangelho os enchiam cada vez mais de gozo, atenuando assim o sofrimento.


Primeira Assembléia de Deus



Depois de seis meses, Vingren foi convidado para dirigir um culto de oração. Sem receio, ensinou-os acerca das operações do Espírito Santo e da cura divina. Durante aquela semana,nas reuniões de oração nos lares, o Senhor curou a senhora Celina Albuquerque de uma doença incurável e dias depois a batizou com Espírito Santo e com fogo, sendo então a primeira pessoa brasileira a receber a promessa. Na semana seguinte, o pastor da igreja entrou de surpresa num daqueles cultos; depois de declarar várias acusações, insinuando que eles ensinavam falsas doutrinas, provocou uma divisão na igreja que findou na exclusão dos missionários e mais dezoito membros que os apoiaram testificando a verdade. Então, em 18 de junho de 1911 estes formaram a primeira Assembléia de Deus.

Avanço da Obra



O trabalho missionário não se reteve, avançando de cidade em cidade, onde o Evangelho era pregado e os sinais os seguiam. Sofriam muitas perseguições, sobretudo pelos católicos que eram ensinados que a Bíblia dos protestantes era falsa e se lida os levaria ao inferno; que Maria e os santos são intercessores junto a Jesus; que aqueles que não seguissem o catolicismo iriam para o inferno, e outros. Apesar das dificuldades, onde passavam, o Senhor curava, salvava, batizava com o Espírito Santo e manifestava seu poder por seus dons, sinais e maravilhas. Desta forma, a quantidade de crentes crescia a cada dia. Contemplavam, também, o fim daqueles que se levantavam contra a obra, pois era o próprio Deus quem lhes dava a recompensa. Nos primeiros quatro anos de trabalho foram 384 pessoas batizadas nas águas e 276 no Espírito Santo, na igreja de Belém do Pará.

Depois de cinco anos em terras brasileiras, Vingren foi à Suécia, onde por três meses pôde compartilhar as maravilhas que Deus operara no Brasil. Pouco antes de seu regresso, encontrou-se com uma irmã enfermeira chamada Frida Strandberg que também tinha chamada para o Brasil. Mais tarde eles se casaram em Belém do Pará.

No desejo de que todo o Brasil recebesse a mensagem, foram enviados missionários a Alagoas, Pernambuco, e ele com sua família foram para o sul, iniciando no Rio de Janeiro, depois Santa Catarina e outras cidades no estado de São Paulo. Após outra série de viagens, voltou alguns anos depois para residir permanentemente no Rio de Janeiro. Assim como no Pará, a obra pentecostal no Rio de Janeiro crescia exponencialmente. Vingren participava ali na edição do jornal “Mensageiros da Paz”, além de seu trabalho como pastor e evangelista.

De 5 à 10 de setembro de 1930 houve uma importante Conferência Nacional dos obreiros pentecostais em Natal. A principal decisão foi de que a obra missionária na região norte estaria sendo dirigida exclusivamente por obreiros nacionais. Os anos seguintes foram de grande expansão da obra, sobretudo no Rio de Janeiro.

No dia 15 de agosto de 1932, o pastor Gunnar Vingren e sua família despediam-se da igreja do Rio de Janeiro e do Brasil de volta à Suécia.



Seus Últimos Dias



Já nos últimos anos que viveu no Brasil, Gunnar Vingren vinha tendo alguns problemas de saúde que pioraram bastante depois de chegar à Suécia. No dia 29 de junho de 1933 ele entrou no descanso eterno, mostrando através de suas palavras, o grande amor que tinha pelos irmãos brasileiros. Sua partida, descrita detalhadamente numa carta enviada por sua esposa ao Brasil, foi uma linda experiência para a família, que sentia claramente a glória de Deus; e sem dúvida para o servo do Senhor, Gunnar Vingren que, sentindo grande gozo e alegria foi recebido na eternidade.

Referências - Histórico

Histórico - Pilões/PB


  • LEITE, Marlene Baracuhy de Paiva: Subindo a Serra do Espinho, (dez. de 1996);
  • SOUZA, Roberto Rodrigues de: Trabalho Monográfico, (Centro Integrado de Tecnologia e Pesquisa, Faculdade Atlântico / 2008).
  • NUNES, Terezinha Simplício da Glória: Trabalho Monográfico, (Centro Integrado de Tecnologia e Pesquisa, Faculdade Nossa Senhora de Lourdes - FNSL / 2010);


Histórico - Igreja Evangélica Assembléia de Deus de Pilões/PB


  • Roberto Rodrigues de Souza

Uma história de lutas, vitórias e glórias do povo de Deus!




Pilões era uma terra de um tradicionalismo religioso exacerbado, com fortes resquícios desse tradicionalismo nos dias atuais, voltado para o Catolicismo Romano. Conhecida regionalmente como sendo a terra de Senhores de Engenho, onde o poder econômico e político se concentrava nas mãos de uma meia dúzia de famílias, que “casavam e batizavam”, pois detinham uma influência política manipuladora e exploravam a mão de obra barata dos trabalhadores dos engenhos, que não gozavam de direitos trabalhistas nenhum, nem se quer podiam adoecer, subservientes eram obrigados a trabalhar até mesmo doentes, senão quisessem serem açoitados, bem como não tinham o direito de exercer sua cidadania, eram obrigados a votar em quem o seu Senhor (patrão) apontasse, o chamado voto de cabresto. No campo religioso não era diferente, pois foi incutido na mente do povo, em sua maioria analfabetos, que não se devia ler a bíblia, contam os mais velhos que houve um tempo que se mandavam queimar Bíblias, e que aquele livro era heresia dos crentes, que não dessem ouvidos, pois eram um povo comunista e que não tinham parte com Deus. Misericórdia!!!



Não se sabe afirmar com exatidão a data da chegada dos primeiros missionários pentecostais nesta cidade de Pilões-PB. Diz a tradição evangélica que no ano 1968, chegou o primeiro pastor pentecostal da AD, José Inácio, com sua família, em sendo este, o desbravador do Evangelho nesta cidade, onde imperava o tradicionalismo católico romano. Deus tem os seus métodos de trabalhar, e a sua obra não pode ser impedida, enviou para dar inicio aos trabalhos, um Pastor que também era um Oficial da reserva da Marinha Brasileira, o que o fez ser respeitado e honrado na sociedade. Para nos provar que quando Deus Manda, Ele se responsabiliza: Conta o ir. Manoel Cordeiro de Souto, que o Bispo da Diosese, à época, o conhecia e quando visitava a paróquia local, visitava também a casa Pastoral e conversava muito com o então Pastor, o que causava espanto à população que era tomada de um ortodoxísmo religioso exacerbado.



A princípio, sem um ponto de referência ou local adequado para a realização dos trabalhos oficiais; realização dos cultos e/ou ponto de pregação, os trabalhos eram realizados nas residências particulares. Sendo então realizados trabalhos de evangelização e cultos pentecostais em vários locais da cidade e Zona Rural. Começou então o agir de Deus nas vidas das pessoas e a surgirem em várias localidades, a exemplo de Titara e Cachoeira dos Paulinos, várias conversões de almas ao Evangelho do Senhor Jesus Cristo.



Conta o Ir. Roberto Cardoso que, quase toda a sua família: Avô, avó, pai, mãe, irmão e tios se converteram nesta época, mas estes não foram os primeiros crentes da história de Pilões, pois uma Senhora de nome Josefa (in-memórian), conhecida pelo apelido de "Zefa Gato", já se intitulava crente, antes mesmo da chegada do primeiro pastor, não sabendo o dito irmão informar onde e como fora a sua conversão.



Em 1969, houve o primeiro batismo em águas, conforme foto abaixo, quando naquela oportunidade se batizaram os seguintes irmãos: João Cardoso e Esposa; Luis Cardoso e Esposa; José Cardoso e Esposa e outros, que em detrimento da péssima condição de conservação da foto não dá para identificar.



Após o período de quatro (04) anos, em 1972 o Pr. José Inácio, assumiu a direção da Igreja de Bananeiras, sendo substituído pelo Pr. Luis Sebastião, que teve o seu ministério marcado pela construção do primeiro templo. As lutas foram muitas, as provações cada vez maiores, "mas quem semeia chorando colhe seus molhos sorrindo"... E grande foi a vitória do Pr. e o nome do SENHOR. foi glorificado na terra.



Tempos de lutas foram enfrentados por estes homens de Deus, a exemplo do saudoso irmão Luis Cardoso, que me contava certa vez que ia passando de fronte a um bar e um “camarada”, usado pelo inimigo, veio em sua direção e, o insultou querendo fazê-lo beber cachaça na marra na boca de uma garrafa; relutando para não beber feriu-se na sua boca que veio a sangrar.


Muito pouco ficou registrado sobre as dificuldades enfrentadas pelos ministérios e legados dos nossos precursores. O Pr. Luis Sebastião, foi substituído pelo Pr. Orestes Correia, que passou o encargo da Direção da Igreja local para o Pr. José Emídio, que foi substituído pelo Pr. Antônio Barbosa, que por sua vez foi substituído pelo pastor Fernando Silva; sendo este substituído pelo Pr. Joaquim Diogo, carioca, que voltou para sua terra após sua passagem por esta cidade, sendo substituído pelo Pr. Aluízio Benedito, que ficou na direção dos trabalhos da igreja local nos idos de 1978 a 1982, sendo substituído pelo Pr. José Manoel, que aqui chegou no ano de 1983. Substituído pelo pastor Daniel Ramos, que em seguida foi substituído pelo Pr. Moisés Abílio, cujo o ministério teve uma passagem relâmpago nesta cidade, apenas 30 dias; sendo substituído pelo Pr. Antônio Leopoldino, que veio a falecer neste campo missionário em 1988. No mesmo ano (1988), em substituição ao Pr. Antônio Leopoldino, toma posse o Pr. Antônio Dias, perdurando por dois anos (1988/1990) o seu ministério nesta cidade. Substituído pelo Pr. Severino, cujo ministério perdurou por cinco (05) anos, quando foi substituído pelo Pr. Manoel José, que ficou por 12 anos pastoreando este campo, e que teve o seu ministério, debaixo do Sangue Precioso de Jesus, marcado por um avivamento pentecostal e pela maior colheita dos frutos das sementes plantadas.



Nessa gestão foi construído um templo maior, pois o anterior não estava comportando o número de membros e congregados que a cada ano aumentava. Sua esposa, Irmã Jessonita, dirigente do círculo de oração, foi uma grande ajudadora no crescimento da obra de Deus nesta cidade. Mas o tempo do Pr. Manoel era chegado, e o mesmo foi substituído pelo Pr. Severino Lino, conhecido como Pr. Lino, que a pesar do pouco tempo que passou por esta igreja nos deixou grandes legados no que diz respeito a organização, fidedignidade e pontualidade; sendo este substituído pelo Pr. Cícero José, que muito nos ensinou com sua experiência e exemplo de vida; sendo substituído pelo Pr. José Antônio, que nos deixou um grande legado no que diz respeito ao conhecimento doutrinário e da Santa Palavra de Deus.


Por último, Deus nos mandou outra benção, o Pr. Ednaldo Santos, que com aproximadamente cinco (05) meses que está conosco, tem se disponibilizado a trabalhar e fazer a obra do SENHOR crescer neste lugar; concluiu a construção da congregação do Sítio Veneza, e adquiriu, através de doação por um latifundiário, um terreno medindo 10 x 20 m (200m²) na localidade de Chã do Pau D'árco, Zona Rural deste município. Novos ventos sopram favoravelmente à propagação da Palavra de Deus no município de Pilões. Hoje contamos com um número aproximado de 150 crentes, entre membros e congregados. Nossa sede situa-se na cidade de João Pessoa-PB, pertencemos ao Ministério Belém e, neste ano, comemoramos o primeiro centenário das Assembleias de Deus no Brasil, fundada em [1911 - 2011 - foto acima dos missionários suecos que chegaram no Brasil no final de 1910 Daniel Berg(D) e Gunnar Vingren(E), fundadores das AD no Brasil].


O Pr. Ednaldo Santos, tem em seus ombros a responsabilidade de conduzir a AD na cidade de Pilões, conforme seja a vontade de Deus, para ser um igreja emergente, alicerçada na Palavra de Deus, que mergulha no oceano da graça e se entrega à operacionalidade do Espírito Santo, para a Glória de Deus, difundindo as Escrituras Sagradas nos quatro cantos que delimitam este município.






Primeiros Frutos do Evangelho nesta cidade;






1) Josefa (Zefa Gato);
2) João Cardoso e Maria Cardoso (cônjuges);
3) Luis Cardoso e Elvira Cardoso (cônjuges);
4) José Cardoso e Cícera Cardoso (cônjuges);
5) Outros, cfe. foto do 1º batismo abaixo.








Pilões no Século XX

Em agosto de 1953, o Governador do Estado, em exercício, sancionou o projeto que concedia independência ao distrito de Pilões, aprovado pela Assembleia Legislativa da Paraíba.


Em 27 de dezembro de 1953, foi finalmente instalado o município e a comarca de Pilões, criados pela Lei 916 de 20 de agosto de 1953. Sofreram os pilonenses 56 anos de preterições e injustiças, mas finalmente, obtiveram uma resposta positiva às suas reivindicações.


Um fato interessante a registrar é que Pilões, que tivera a formação de sua cidade, sob a influência de Mamangupe, tornou-se independente por decreto de um governador, também filho de Mamaguape, João Fernandes de Lima.


Nascida em decorrência do ciclo da cana-de-açúcar, o pequeno núcleo foi crescendo na cabeceira da Serra do Espinho com suas ladeiras tortuosas, até tornar-se um pequeno vilarejo. Foi nos canaviais dos engenhos: Boa Fé, Santa Cruz, Várzea, Veneza, Riachão, Livramento, Poções, São Gonçalo, Cantinhos, Triunfo, Pinturas de Cima, Pinturas de Baixo, Mercês, Avarzeado, Manga do Frade, São Bento, Labirinto, Santo Antonio, Riachão, São Francisco, Ipiranga, Nossa Senhora da Penha, Olho D’água, que Pilões teve sua ascensão econômica. Nas estradas de terra batida, feita a mão, eram escoada a produção do açúcar e rapadura produzidos nos engenhos. “Estrada de rodagem” que servia de principal acesso entre as cidades da região. Atingindo o seu apogeu econômico, favorecido pelo número de engenhos de açúcar que propiciavam muitos empregos nos canaviais e no fabrico do “ouro doce”, desta forma surgia o lucrativo comércio com os consumidores dos arredores. A notícia difundiu-se rapidamente, e começaram a chegar comerciantes de todos os locais. Mas, somente em 1953, conseguiu sua emancipação política recebendo definitivamente o topônimo de Pilões. Em pouco mais de 03 anos, conseguia superar comércios seculares, como o da vizinha cidade de Serraria. Com isso, já se viam os primeiros traços de sociedade: casas de alvenaria e as primeiras ruas já apareciam. Na feira livre, frutas, hortaliças, macaxeira, feijão, peixes e coco eram os produtos mais procurados pela população. As mudanças ocorriam como rotina naquele pequeno município. A cada dia, novos moradores se instalavam, e o lugarejo começava a tomar ares de cidade. Benfeitorias foram feitas pelo então Prefeito, como o Grupo Escolar Dom Santino Coutinho, que recebeu esse nome em homenagem a um dos filhos ilustres o Acerbispo Dom Santino Coutinho, além de uma agência dos Correios, e o mercado do povoado, para que os comerciantes pudessem guardar suas mercadorias. Naquele período, apenas pequenos comerciantes haviam se instalado por aqui, até que, apareceu um industrial muito influente no Estado, Solon Lira Lins, que arrendou a maioria dos engenhos da região, instalando a Usina Santa Maria no vizinho município de Areia-PB, passando a concentrar o poder econômico em torno daquela Agroindústria produzindo açúcar e álcool, viabilizaram a construção e consequentemente o soerguimento da economiaadaaregião.


A década de 70, em Pilões, refletia bem o que acontecia ao Brasil. O país, por um lado massacrado pela ditadura militar, amordaçado por leis-generais, por outro vivia um momento de ligeira estabilidade econômica. Mas a superficialidade dessa situação ofuscava a verdadeira situação de penúria por que passava o trabalhador rural, “escravizado”, pelos baixos salários percebidos e a impossibilidade de poder plantar o seu roçado ou criar um animal para o apuro, e percebiam seus salários através de vales, não tinham nem se quer o gosto de pegar no dinheiro em espécie. Aqui, com a economia concentrada nas mãos de uma meia dúzia de pessoas, que detinham a posse dos latifúndios, com a chegada da Usina, a população seguia o seu caminho com um desenvolvimento estagnado. Um pequeno comércio dito “formal” se erguia, como a instalação da feira livre, mercearias, bares. Em 1983, na gestão do prefeito José Sales da Silva surgiu também, a primeira agência bancária (pioneira) do UNIBANCO, foi instalada nos anos de 1983, que teve como seu gerente, Olívio Ribeiro, um paranaense arrojado, advindo da cidade de Foz do Iguaçu-Pr, sendo este o responsável pela vinda desse subscritor, uma vez que trabalhávamos na Agência Centro da dita cidade paranaense. A agência local, após três anos de fundação, teve suas atividades encerradas em 1986, em detrimento do Plano Cruzado - plano de estabilização econômica criado pelo Governo José Ribamar Sarney.

História Oitocentista do Município

A interiorização do território provinciano da Paraíba, tem seu marco histórico em 1654, quando da expulsão dos holandeses da nossa terra. A partir dessa época, com a dispersão dos portugueses para o interior, tornou-se Mamanguape um pólo de domínio comercial de grande influência econômica e política.


Às margens do Rio Araçagi Mirim e Pinturas, que desaguam no Rio Cuitegi, afluentes do Rio Araçagi Maior, emerge então um povoado sob a influência exercida pela hegemonia Mamaguapense, quando em 17l6 fora doado uma sesmaria, cujas terras subindo o rio Araçagi Grande, se prolongavam até as terras do Curimataú, envolvendo nesse trajeto o território de Pilões. A história de Pilões permaneceu ignorada por mais de um século, possivelmente, as sesmarias foram subdivididas em várias propriedades, ocupadas por posseiros que aos poucos, foram se assenhorando das terras. A tradição oral diz que teriam sido membros das famílias Arouxas e Abreus, os fundadores do povoado, porém nada ficou que pudesse comprovar se eram sesmeiros ou representantes dos donatários.


No fim do século XVIII e início do século XIX, sendo palco das travessias de tropeiros e carros de bois que transportavam as riquezas do Vale do Mamaguape ao Sertão paraibano, acredita-se que foi graças ao trajeto desses tropeiros e mercadores que transportavam produtos nos lombos de animais, que aconteciam neste lugar as primeiras transações comerciais, isto porque os usuários daquele arcaico sistema de transporte quando no período das chuvas e o difícil acesso pelas estradas carroçais, não tinham como levar seus produtos, na grande maioria perecível, abrindo assim suas mercadorias aos transeuntes, deu-se início ao povoado, que recebera de início o nome de Pilões, em razão das pedras esculpidas pelo rio Araçagi Mirim em forma de “pilão”, por serem várias pedras, deu se a origem ao topônimo Pilões.


Dessa época até 1818, o que existe de registro são histórias ou causos que os mais velhos contavam aos mais jovens. Contam que neste ano, surgiram os primeiros nomes registrados pela história como pioneiros da colonização desta comunidade: João Crisóstomo, José Leandro Correia, Rufo Correia Lima, Antônio José da Cunha, sendo quase todos procedentes de Mamanguape.


A trinta de março de 1818, o Ouvidor Geral da Província, em ato solene, realizou a instalação do município de Areia, elevada à condição de Vila do Reino, por alvará régio de 18 de maio de 18l5. Faziam parte do seu território as povoações de Alagoa Grande, Bananeiras, Guarabira, Cuité, Pedra Lavrada e Pilões.


A Corografia de Beaurepaire Roham, de 1860, versando sobre areia, dava Pilões com o seu distrito já possuindo uma capela que teria sido a sua primeira construção. Padre Ibiapina mais tarde deu consistência à capela, tornando-a matriz da freguesia, que foi criada em 1876.


Em 1897, a Lei n.º 80, de 13 de Abril transfere a Sede do Município para Serraria, elevada à categoria de Vila. Nas divisões administrativas do Brasil em 1936, 1937 e 1938, Pilões figura como simples distrito de Serraria, com o topônimo de Pilões de Dentro. Na divisão do quinquênio 1939/43, Pilões figura com o nome de Entre Rios. Já no quinquênio 1944/48, estabelecido pela Lei n.º 520, de 31 de Dezembro de 1943, volta à antiga denominação de Pilões. Finalmente, a Lei n.º 916, de 20 de agosto de 1953, restaura sua condição de autonomia, instalando-se oficialmente o município a 1º de janeiro de 1954, desmembrado de Serraria e integrado por um único distrito, o de sua própria Sede.


A Corografia da Província da Paraíba do Norte, de Beaurepaire Rohan (inclusa na revista do Instituto Histórico, V.IV, p.341) em 1860, versando sobre Areia, fala de Piões como povoado daquela Vila, vivendo da lavoura, tendo uma capela, além de uma escola destinada ao sexo masculino. Esta escola não funcionava de forma estável, ora fechava, ora reabria. Foi instalada, permanentemente, em 1860, sendo o primeiro regente, o Padre Victor.


Sabe-se também que em 1870, nascia em Pilões a primeira feira. E, em 1876, foi criada a Matriz da freguesia, a partir de uma antiga capela, cujo terreno fora doado em 1860, pelo Sr. João Cavalcanti, proprietário de grandes posses, em Mamanguape e em Pilões, avô do Presidente João Pereira de Castro Pinto.


O cenário começava a mudar. Uma escola para os meninos como mandava a tradição, essencialmente discriminatória, mas um início de saber. Pilões aprendia a ler. As mulheres contavam com um templo onde rezar, batizar seus filhos, naquela vila bucólica, conservadora e provinciana.


A feira ampliava as relações entre os homens, pano de fundo para romper o isolamento que constituía o traço dominante de suas vidas.


Em 1883, foi o ano da criação do município de Pilões pela Lei Provincial nº 755, de 4 de dezembro de 1883, todavia, só foi instalado regularmente como Município e termo Jurídico em 1885. Não se pode esquecer que o desmembramento de Areia foi concretizado, graças à influência decisiva do Padre Luis Buriti, deputado da província e primeiro vigário de Pilões.


No ano de 1884, foi construída a linha de ferro em Guarabira, dentro do programa de desenvolvimento criado por Dom Pedro II. O transporte ferroviário foi estendido até Borborema, próximo a Pilões, facilitando a vida dos pilonenses, que com mais segurança e conforto, poderiam se deslocar à capital paraibana. Até a década de 1940 a linha de ferro se constituiu no transporte mais popular e procurado da região.


Após 8 anos de liberdade, em 1891, o município foi outra vez suprimido e anexado ao território de Areia pela Lei nº 8, da Organização Judiciária, promulgada por Álvaro Machado. Só em 1953, suscitou um movimento em prol a emancipação do município de Pilões, desta feita liderada pelo Desembargador Braz Baracuhy, que foi incansável na luta pela defesa da autonomia de Pilões, difíceis eram os caminhos para se conseguir o pleito junto à Assembleia Legislativa.


Acordos foram traçados. Diminuiu-se o número de engenhos, de 32 para 26, com alguns cedidos à Serraria, nas combinações da divisão administrativa. Questões jurídicas foram levantadas causando obstáculos à aprovação da lei.

segunda-feira, 7 de março de 2011

Vencendo os Gigantes da Vida!


Muitos são os gigantes com os quais nos deparamos no nosso dia-a-dia, eles atuam nas áreas mais diversas de nossas vidas: finanças, vida conjugal, vícios, enfermidades, falta de fé, murmuração, disse me disse, e muitas outras... . A fé em Deus e a confiança na sua provisão é que nos garante vitória em Cristo Jesus (Sl 40.4). Gigantes, têm que ser enfrentados e vencidos! Só os covardes recuam e muitas vezes Deus nos coloca à prova, para que sejamos aprovados por Ele (Juízes 7:3,5);

Quais são os seus gigantes? Como vencê-los?


Medo; depressão; enfermidade, vícios; ansiedade; crise financeira; solidão, problema conjugal; vestibular; emprego; timidez; velhice; a morte; eternidade?

Para vencê-los, você não deve olhar para os tamanhos dos obstáculos ou dificuldades, tem que buscar o socorro que vem do alto e se firmar na orientação que Deus lhe conceder com confiança (Sl 125.1).


O Vencedor de gigantes não deve dar ouvidos às palavras negativas


Ao ouvirem as palavras do filisteu, Saul e todos os israelitas ficaram apavorados. Quando o viram, todos fugiram cheios de medo. Mas onde tem a unção de Deus, a tristeza tem que dá lugar à alegria; o medo dá lugar à coragem, o que está em desvantagem passa a ficar dono da situação, a derrota sai de fininho e a vitória prevalece para aquele que é um ungido de Deus. O propósito de Davi de estar ali não era presunção. Ele estava ali por ordem do seu pai para trazer alimento para seus irmãos.

Tem pessoas que não conseguem se alegrar com a vitória dos outros, se entristece sempre que alguém é promovido, a exemplo de Eliabe, que não se alegrou com a presença de Davi. Eliabe irritou-se com a coragem de seu irmão, pois a coragem de Davi denunciava a sua covardia. Eliabe tinha tipo, mas não tinha fibra, tinha altura, mas não tinha caráter. Tinha o porte físico de um valente soldado, mas não tinha a têmpera de um ungido de Deus. Sem a unção de Deus, não se vence batalha alguma.

Mas, quantas vezes você cheio de boas intenções, também não foi incompreendido e injustiçado, por amigos e até mesmo parentes. O Vencedor de gigantes não deve dar ouvidos às palavras negativas.

O amor a Deus e a Sua Santa Palavra, tem que ser uma marca registrada do ungido. Davi, ao ouvir o gigante filisteu desafiar o Deus Todo Poderoso, se enfureceu. Saul subestimou a capacidade de Davi dizendo: você é: ”MUITO JOVEM”. Mas, Davi era experimentado. Já tinha matado um leão e um urso em defesa de suas ovelha.


Você só vence os gigantes quando decide lutar!

Mas cuidado, as suas vestes tem que ser puras, vestes emprestadas, por mais nobre que sejam, não nos ajudam a vencer gigantes. As vestes não precisam ter marca, tem que ser vetes limpas, sem salpico algum (sem mácula); a armadura de Saul não serviu para Davi. Mas, Davi tinha vestes espirituais, Davi era um ungido de Deus. E, Bastou uma funda e uma pequena pedra, para atingir a fronte do gigante, e colocá-lo por terra. O pequenino DAVI venceu o GIGANTE golias. Glória a Deus!!! Se você seguir a orientação de Deus, você vencerá o(s) seu(s) gigante(s). (I Samuel 17.8-10, 16, 23, 24,32,39-47)

Roberto Rodrigues de Souza

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Sugestão de Filme
Desafiando Gigantes


Desafiando Gigantes já tocou o coração de mais de um milhão de pessoas, sendo aclamado pela crítica mundial e considerado por muitos o melhor filme evangélico de todos os tempos.